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Sete Anos de Historia


E exactamente hoje faz sete anos em que comecei um novo percurso de vida, percurso esse que nunca pensei alguma vez percorrer, se me arrependo? Não, bem pelo contrário é e ainda continua a ser das melhores decisões que tomei na vida juntamente com a escolha de ser porta-estandarte, para ser realmente honesto ambas às decisões foram tomadas com meros segundos de separação, ambas são decisões que tomei que me marcaram de forma positiva a minha vida e que ainda marcam e até levam a criação de histórias que contarei no futuro, momentos que mais tarde recordarei  e amizades que sempre estimarei até ao fim. Uma pergunta que me costumam fazer quando digo que sou porta-estandarte é o porquê de ter escolhido aquele instrumento em vez de outros tanto, e por saber tocar mais nada? Em boa parte sim mas mais propriamente porque sinto que sou a ligação da tuna ao público. “Como assim ?” perguntam pelos menos três dos leitores que estão a ler, um porta-estandarte tenta fazer com que a coreografia bata certo com o ritmo da música que está a ser interpretada no momento, ele tenta dar forma a música, da mesma forma que os instrumentos e vozes tentam chegar aos ouvidos das pessoas nós tentamos chegar aos olhos delas, pode se dizer que em parte somos um efeito, mas somos um bom efeito. Graças a este instrumento (porque sim ele conta como tal) já conheci pessoas das quais muitas vão comigo para vida num espaço no meu coração, tive possibilidade de conhecer gente de todo o país e conhecer várias partes desse mesmo país, tive a possibilidade de fazer e viver tanto e tudo graças e através de um simples “pau”. Gosto de pensar que evolui naquilo que faz (se não foram sete anos muito mal gastos”, e ainda hoje sinto o que sentia a uns anos atrás isto é algo maravilhoso de se fazer. Recordo me a uns anos atrás em 2013 se a memória não me falha que a minha tuna e eu fomos a concurso a Vila Real, aquele foi o nosso primeiro festival a concurso, e momentos de ir a palco na noite de sábado relembro de estar completamente nervoso com coisas a rondar os meus pensamentos do estilo “e se deixar cair?” e “ e se acertar em alguém?”  quando subimos a palco pouco mudou até que chegou a altura de interpretar uma música que era a qual iria fazer estandarte pela primeira vez sozinho, quando chegou a altura de fazer todo o peso que sentia desapareceu, todos os receios se foram, medos também, a única coisa que eu queria era aproveitar o momento. A tuna a tocar toda na perfeição cada acorde às vozes a chegarem às notas de forma brilhante, o nevoeiro que tinha surgido no palco e às luzes todas apagadas menos um holofote que me seguia em palco, senti que era só eu que lá estava e foi perfeito, até aos dias de hoje continua a ser um dos momentos que mais estimo, e no fim até ganhamos melhor porta-estandarte o que foi a cereja no topo do bolo, mas aquele momento no palco para mim valeu mais, porque me senti livre. E esse é um dos motivos pelos quais continuo a fazer estandarte, porque de cada vez que lhe pego e vou a palco fazer a ponte da tuna e o público sinto me livre sinto que não há nada deste mundo que me possa mandar abaixo sou eu e o momento apenas e nada nos pode separar um do outro. Um obrigado a todos que tornaram que estes sete anos fossem assim e um obrigado pelos próximos sete que nos aguardam.

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