No Meio da Natureza

E se tu desses por ti a acordar no meio da natureza? Sem saco cama, nem tenda, sem noção de como foste lá parar tudo o que tens é uma mochila com comida e água e a tua roupa do dia anterior e descobres um papel lá dobrado com o seguinte “Hoje é o teu dia de folga aproveita e descansa”, como iriam reagir? Se fosse eu era bastante simples entrava em panico na primeira hora com possibilidade de chegar a segunda ou terceira, mas após acalmar e respirar bem fundo teria inúmeras perguntas a vir me a cabeça, do género de; como é que vim cá parar?, porque eu?, o que quer dizer “folga”? entre outras tantas. Mas se fosse realmente uma “folga” eu aproveitaria, os que já seguem o Blog já sabem que gosto e muito de estar perto da natureza nomeadamente naqueles momentos em que quer a tristeza quer a irritação são às emoções que mais se encontram presentes, ou simplesmente preciso de me “desligar” do mundo de fora, e para mim não há nada melhor que a natureza, o som da mãe terra consistido pelo vento a passar suavemente entre às folhas e o cantar das aves que parece que é dedicado para mim em especial, de certa forma um convite para eu regressar em breve. Sentado na relva quase que me sinto conectado a tudo o que está a meu redor faz me sentir parte do ambiente que me ronda, e com um apelido de uma árvore ainda mais ligado me sinto, sabem aquelas pessoas que se revêem no nome? Este é um desses casos e parece me perfeito. Encostar me a uma árvore refugiado na sua sombra para evitar o sol enquanto me perco quer na minha música que me transporta para outros locais, em muitos dos quais imagino ser eu no palco a cantar/tocar (afinado) diversas músicas ou quer a ler um livro e me perder pagina atrás de página cheio de curiosidade para saber o que surge a seguir ou para aprender algo e retirar um pouco de conhecimento que esse livro traz consigo. Mas chegado ao fim iria acontecer o mesmo que acontece sempre comigo após várias horas, o custar a sair de onde estou o que faço para agradecer o fato de eles me terem levado para outro local mesmo que tenha sido em mente é sempre o mesmo, pego numa folha de árvore caída e levo comigo e deixo junto a outra árvore noutro sítio longe ou diferente para que aquela árvore que me ajudou a viajar tem viajado também, é o mínimo a fazer por algo que me ajuda de certa forma a viajar, é troca por troca e até hoje a faço.